terça-feira, 30 de novembro de 2010

Imprevisibilidade...


Há um tempo eu pensava que ser imprevisível era ótimo. Era como uma fuga dessa mesmice que vem consumindo cada vez mais os individuos de um mundo que consegue expor e absorver idéias com uma velocidade de milhões de bites/s.
Eu descobri, porém, que não era a única a pensar dessa forma... em querer escapar do óbvio, até mesmo porque não era uma escolha consiente, ser diferente é um gene, então, provavelmente não os culpo...
Na verdade, não os culparia, porque hoje em dia até ser diferente virou moda e, talvez quem guarde antigos costumes morais e éticos sejam aqueles que realmente se destacam por sua Anormalidade.
Outro motivo para começar a achar que ser imprevisível não é la uma coisa tão prazeirosa, foi ouvir que eu estava me tornando previsível e ficar feliz, afinal, com essa sentença, pois para ser previsível é preciso preciso conhecer e, para mim, não há nada mais bonito numa relação entre duas pessoas (sejam elas parentes, amigos, namorados...) do que o fato de um conhecer as manias do outro, os seus costumes, os seus gostos e degostos, suas pequenas ou grandes cicatrizes de guerra, seus medos, suas esperanças e sonhos.
Isso me fez pensar no quanto havia superestimado essa condição de "diferença".
Não quero ser tão imprevisível ao ponto de as pessoas que me rodeiam não me conhecerem. Mas afinal, até quem tem atitudes opostas às da sociedade torna-se previsível em certo momento, pois presume-se que sua opinião seja contrária a do restantes das pessoas.
O que eu descobri é que quem gosta SOMENTE de pessoas diferentes de tudo e todos é quem tem uma grande tendência a se enjoar das coisas ao seu redor , de viver com tédio e de querer que tudo seja passageiro ao ponto de não realmente conhecer o próximo ou chegar, um dia, a criar laços verdadeiros.


Por: Thaty Fruit

Um comentário:

  1. Tem um para vc lá no blog tb!!!


    http://conversandocomdragoes.blogspot.com/

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