sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A história do homem muito, muito, muito gordo...

A HISTÓRIA DO HOMEM MUITO, MUITO, MUITO GORDO

Era uma vez... A história que vou lhes contar não é um conto de fadas (meu estoque de dragões está em falta), mas começa, como vocês bem podem ver, com Era Uma Vez, pois uma das coisas que aprendi com essa história é que se ela é minha eu posso começá-la como eu quiser e eu quero começar com Era Uma Vez. Ponto.

Agora que já discuti o começo da história, vou falar do meio. Fazendo uma metáfora, o meio é um tobogã. E eu suponho que, se você sabe o que é um tobogã, saberá o que quis dizer com isso. Mas, se você só conhece escorregas, aqui está o que eu quis dizer com “o meio é um tobogã”: significa que dá voltas e voltas, vira e revira, mexe e remexe, tanto quanto eu bem entender. Desse modo, está dito o meio.

E, por fim, resta-nos o final. Mas o final eu não conto, não conto e não conto, porque me convém não lhe contar e é assim que eu quero e é assim que vai ser. E também porque essa é a minha história e eu dou a ela o fim que eu quiser, porque ela é minha. Agora se você não gostar do meu fim da história, está livre para sair e fazer o seu próprio. Mas o fim da minha história será o fim da minha história e nisso ninguém pode mexer, porque a história é minha e eu lhe dou o fim que eu bem entender. Fim.

E agora eu cansei do “fim” e resolvi findá-lo. Então, prossigamos...

Era uma vez um homem muito, muito, muito gordo que estava caminhando em cima de uma colina. Ele passeava sozinho, pois ninguém gostava muito dele e todos o excluíam, deixando o homem muito, muito triste. Isso, é claro, era uma coisa horrível, pois não de deve excluir ninguém não importa como essa pessoa seja – e, no caso do homem, elas diziam que excluíam ele porque “ele não cabia em lugar algum”, nos dois sentidos.

Esse homem era tão, mas tão, tão gordo que não conseguia ver os pés e, como já fazia muito tempo que ele era muito, muito gordo, nem sabia muito bem se tinha pés; mas é claro que ele tinha, porque qualquer outro podia ver. Só não ele.

Mas, bem, como eu estava dizendo, o homem gordo estava passeando em cima da colina, sozinho. Ele devia pensar que flutuava, já que pensava que não tinha pés, mas eu posso provar que ele não flutuava, pois a seis palavras daquele “a”, ele tropeçou em um cogumelo e caiu.

E, simplesmente pelo fato de ele estar em uma colina, quando ele tropeçou no cogumelo e caiu, ele saiu rolando colina abaixo. E lá embaixo da colina tinha um rio – que pensava que era um lago, pois era tão profundo a ponto de abrigar uma baleia bem grande, tão grande quanto o homem -, um rio muito bonito.

O homem, então, saiu rolando e rolando e caiu no rio. Plash! E começou a afundar, pois o rio também era muito, muito, muito fundo, tanto quanto o homem era gordo e a baleia era grande. O homem afundou e afundou e não parava de afundar. Quando estava já chegando no fundo, porém, a baleia passou e sugou tudo ao seu redor, esperando engolir algas e alguns peixinhos pequenos para o almoço (porque era isso que aquela baleia comia).

Momento de suspense. Sim, o homem estava ao redor da baleia e, por isso, ela também o sugou. Ele entrou na boca grande-enorme dela e, quando ela a fechou, tudo ficou escuro. E o homem ficou lá, nadando com os peixinhos e as algas que a baleia engolira, feliz por caber ali dentro. Fim.


Por: Sophia

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